É verdade aquele velho clichê de que toda caminhada começa com um primeiro passo. Para dar início à sua startup, este passo já está dado: você teve uma ideia. Mas e agora? Uma coisa eu te garanto, ela não vai virar uma empresa de sucesso assim, do nada. Você vai suar muito! Entretanto, tenho uma boa notícia: há métodos e processos para iniciar essa trajetória, não precisa iniciar no escuro.

Mas não se esqueça, se existe uma pessoa que pode te ajudar com o seu negócio, essa pessoa é você mesmo. Eu te falo isso por experiência própria! Sempre que eu tento colocar na mão de terceiros algo que é vital pra mim, isso acaba não acontecendo ou, pior, é feito de uma forma muito diferente do que eu imaginei.

Por isso, fale sim com seus mentores, mas tenha em mente sempre que mentoria não é validação, ok? Você pode falar com trezentos mentores e não entender direito o seu negócio. O que você precisa, meu caro (ou minha cara), é encontrar o perfil ideal do seu cliente. Quem é ele? Como ele é? Onde ele vive? O que ele faz? Qual a idade? Tem gênero específico? Crie essa persona e, principalmente, ENCONTRE estas pessoas e vá atrás delas. Eu te garanto, só assim você vai saber se alguém lá fora está disposto a pagar pelo seu produto ou serviço. Não tem outro caminho.

Assim que encontrá-la, o que você precisa saber dessa persona é: ela tem o mesmo problema que eu? Por quê? De que forma ela faz hoje para resolvê-lo? O meu produto/serviço resolve esse problema de forma mais eficaz? Essa pessoa pagaria para resolver este problema? Lembre-se sempre de que conversar com meia dúzia de pessoas não é validar o problema! Busque sua persona insaciavelmente e colete informações de 100, 200 pessoas! 

Sua ideia é desejável, economicamente viável e tecnicamente possível?

Depois de saber se, de fato, há quem esteja disposto a pagar pelo seu produto é hora de saber se o custo que você terá para desenvolver a solução é menor do que o preço que as pessoas estão dispostas a pagar. Parece bobagem, mas é comum que soluções não saiam do papel por serem caras demais para o problema que resolvem. Afinal, sem lucro, não existe empresa que pare de pé, né?

Aí, com a ideia redondinha, está na hora de tirar do papel. Chegou o momento do tão famoso MVP. A sigla, originalmente, significa Minimum Viable Product, mas eu prefiro a versão Maximum Value Product. Por quê? Não basta entregar um produto minimamente viável, você PRECISA entregar o máximo de valor possível desde o primeiro dia com aquilo que você tiver na mão. 

Build, mesure and learn

Vindo do design thinking, esse nome bonitinho só existe para te dizer uma coisa: meça o que você já construiu, aprenda com isso e repita a cada etapa. E repita. E repita. Quando você aprende a mensurar seus ganhos e gastos e aprende a melhorar essa equação a cada etapa, você ganha escala. E uma das características vitais de uma startup é seu poder de escalar, ou seja, conseguir dobrar o faturamento sem precisar dobrar os custos. 

É assim que você vai tirar sua ideia da cabeça para escalar, ganhar dinheiro, internacionalizar, virar unicórnio, ganhar o mundo. Ninguém disse que será fácil – e com toda certeza do mundo, não será. Mas você precisa começar de algum lugar, né?


O que fazer depois que tudo isso der certo? Isso é tema para o próximo artigo! Até logo!

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